Oi, comunidade linda! Logo quando fechamos o espaço da festa/recepção, escrevi um texto expondo nossa experiência e vou compartilhá-lo aqui porque ela pode ser útil para as noivinhas (ou noivinhos) que ainda estão nessa etapa da organização. Espero que seja útil!
Alerta: textão, rs.
Quando ficamos noivos, as duas únicas certezas que tínhamos eram: faremos uma festa e casaremos na igreja. Com isso, pensamos em começar a organização do grande dia a partir do local da festa, por ser o serviço mais caro, e a igreja, que é a parte mais importante de toda a história, aparentemente é algo mais simples (católica que sou, sei bem o "tipo" de igreja que pretendo me casar). Na planilha chamada Nosso Futuro, criada em um arquivo compartilhado, comecei a colocar o nome dos espaços que íamos achando na internet e enviando e-mail/ligando para os que mais nos agradavam, colocando os valores para facilitar o balanço na hora de saber qual deveríamos visitar.
Depois de muito pesquisar em sites, blogs e aplicativos, nosso lista atingiu 11 espaços para vermos de pertinho e conversar com os vendedores de cada um deles. Foram os seguintes: Mansão Calipso, Espaço Coimbra, Espaço Quatrocentos, Espaço Fairbanks, Espaço Mariah, Afrikan House, Buffet Piatto, Buffet La Vida, Espaço Escandinavo, Lo Spazio e Espaço Armazém (apenas lembrando, moramos em São Paulo). Alguns outros nós cotamos, mas quando vimos que o valor ultrapassava muito nosso orçamento, nem incluímos na lista, rs.
Pois bem, começamos a visitar. Com nossa aparente inexperiência em assuntos casamenteiros, agendamos nossa primeira ida a um buffet, que ficava bem pertinho de casa. A dona ficou nos esperando até tarde, porque atrasamos um pouco. Nos apresentou o espaço, subimos até o escritório, vimos os preços e pronto. Sem comes e bebes e, além disso, o chão era branco. Das poucas certezas que adquiri ao longo destes meses como noiva, uma delas foi a de que não queria um espaço com chão branco - não me pergunte o por quê, não sei responder.
Poucos dias depois, agendamos nossa segunda ida a um buffet. Este ficava em Pinheiros e fomos de trem para facilitar. Chegamos, vimos aquela mesa cheia de comidinhas a la vontê (ou à volonté, para os franceses), vários casais sentados revezando entre se servir dos canapés e conversar com os vendedores - sem contar o bar de caipirinhas ao lado e aquele monte de representantes de salões, spa, docinhos, etc. Comemos, claro, conversamos com a vendedora, vimos o preço, agradecemos e fomos embora. Tudo ok para uma primeira vez na degustação, até que Rodrigo (meu noivo), meia hora depois de sairmos de lá, começa a passar super mal. Raciocínio: como daremos uma comida que fez mal para a gente, aos nossos convidados? Descartamos a possibilidade de contratar esse buffet.
Partimos, então, para nossa terceira experiência, semanas depois, agendando uma visita ao Afrikan House em seus dois espaços, o Village e o Lounge (um fica bem próximo ao outro). Fomos primeiro no Village. Entramos, achamos lindo, uma festa estava sendo montada, a equipe estava adesivando as iniciais do casal na pista de dança, "que parede de matinhos linda", pensei. Ok, obrigada. Bonito, mas tem espelhos e lustres demais. Na sequência, a moça que nos atendeu indicou o caminho para o outro espaço, que era só sair, virar a direita, seguir reto e virar a esquerda. Fomos andando e chegamos no Lounge. Chão de madeira, parede de madeira, portas de madeira, penumbra, suquinho de melancia com gengibre... exato. Coração, se falasse, teria dito naquele momento: é aqui! Fingi naturalidade e prosseguimos com o tour, falamos com o vendedor, fizemos a degustação, pronto, obrigada, tchau. No carro: "Rodrigo, esse lugar é lindo". "Sim, é lindo, mas muito caro, não?".
Mais umas semanas depois, ainda seguindo nossa lista, fomos até a Mansão Calipso. Já fomos em alguns casamentos lá e seria uma possibilidade, até porque a fama do espaço é de não ser tão caro e ter qualidade. Detalhes desnecessários: Lembro até a música que estávamos escutando no carro quando chegamos lá: Poesia Acústica - Capricorniana. Rodrigo estava bem convencido de que muito possivelmente fecharíamos com eles. Também estavam organizando a festa que aconteceria à noite. Vimos todo o espaço (que já conhecíamos), degustamos a jantinha, falamos com o vendedor e pronto. Coração, se falasse, teria ficado calado.
Papo vai, papo vem, ainda com outros oito lugares para visitar, o Afrikan estava sempre em pauta, com frases do tipo: "lá é lindo", "exatamente como eu quero", "cê também achou maravilhoso, né?", todas ditas por mim. Rodrigo sempre concordando, mas preocupado com o valor. Vendedores mandando mensagens e e-mails a todo tempo, eis que decidimos enviar a famigerada contraproposta para o vendedor do Afrikan. Com outros dois valores em mãos, eles teriam que nos ajudar, abaixando aqueles números. Surpreendentemente, Luciano (fofíssimo) nos retornou no dia seguinte, com a informação de que nossa contraproposta teria sido aceita. Agendamos mais uma ida até lá para assinarmos contratos e coisas desse tipo e pronto. O local da festa estava decidido e devidamente fechado.
Dito (tudo) isso, deixo aqui a conclusão dessa experiência com duas coisas bem importantes: pesquisa e feeling. Tivemos paciência para ir atrás de inúmeros locais, conversamos com diversas pessoas por e-mail e telefone, pretendíamos visitar outros tantos espaços, mas quando você sente que é aquele e não sabe explicar o motivo, é porque talvez tenha mesmo que ser aquele, afinal, essa escolha envolve um dos dias mais importantes de nossas vidas. No fim, tudo o que a gente precisa é se identificar com o lugar e com qualquer fornecedor que seja. Já tinha lido sobre isso na internet, mas atestamos a veracidade dessa afirmação na pele, ao fecharmos nosso primeiro contrato com brilho nos olhos e a sensação de que a escolha foi certeira (pelo menos até agora, rs).