Holly Eudy, da Carolina do Sul (EUA), após 10 anos de relacionamento acabou descobrindo pela tv que seu companheiro, Todd Kohlhepp sequestrava mulheres, as acorrentava num container bem isolado da comunidade, as tratava com crueldade, estuprava frequentemente e quando enjoava delas, as matava, enterrava no quintal e sequestrava outra para começar tudo novamente! Por 10 anos!
Se em 10 anos ela não descobriu a obscuridade da vida de seu companheiro, imagina o que se pode esconder quando se tem pressa demais para o casamento após pouco tempo de namoro, ou então quando durante a fase própria para se conhecerem, os noivos não sabem ‘como’ fazer isso adequadamente.
Tente imaginar sua cerimônia de casamento. Vocês dois de frente para o pastor. Estão bem vestidos, maquiagem perfeita, cabelos no melhor estilo. Você consegue visualizar mochilas ou malas que também estão carregando no altar?
Estou falando de mochilas invisíveis que todos nós carregamos para dentro do nosso casamento. Nestas mochilas, cheias de compartimentos grandes, médios e pequenos, carregamos nossa história, nossa personalidade, caráter, costumes, regras, princípios, traumas, crenças, comportamentos, sonhos, enfim, características em geral.
Ao longo do namoro é normal irmos abrindo alguns compartimentos e mostrando o conteúdo de nossas ‘bagagens’ ao outro, e geralmente são coisas boas, nosso lado bom, nossa bondade, o bom humor, o quanto somos generosos, lindos, hábeis em determinadas áreas, cheirosos, nossa espiritualidade exemplar.
Estes belos conteúdos de nossas mochilas chamarei de ‘rosas’. Mostrar ‘rosas’ no relacionamento é fácil, não?
Depois de um tempo de namoro, inevitavelmente acabamos descobrindo o conteúdo de alguns outros compartimentos da bagagem do outro, artigos que geralmente não chegam a inviabilizar o casamento, mas que, por não serem tão atrativos quanto as ‘rosas’, não estavam guardados nos compartimentos mais visíveis, e em certos momentos poderão pesar na caminhada; já não são as ‘rosas’, mas costumo comparar a ‘pedras’: impaciência, reações exageradas diante dos problemas, ansiedade, chulé de gambá morto, tagarelice, mau hálito (por isso todo namorado tem um halls ou tic tac no bolso), ansiedade, dentre outras.
Andar com uma mochila que possui algumas pedras não é impossível, concordam? Mas é penoso, cansativo e desgastante.
Mas infelizmente não para por aí. Você já viu bolsas que possuem compartimentos secretos? Pois é. Alguns estão entrando no casamento, ou já entraram, com o que comparo a ‘dinamites’ em suas mochilas.
Raramente seu dono terá a honestidade de abrir este compartimento ao seu futuro cônjuge, preferindo manter o segredo até que em algum momento da relação o segredo ‘explode’ o sonho de um casamento feliz. Estas dinamites podem ser um vício em pornografia, pedofilia, falsa espiritualidade, um crime não pago diante da sociedade, um filho rejeitado e em segredo, desvio de caráter, e assim por diante.
Então o que fazer para não cair nesta cilada?
Tenha um tempo de namoro razoável, não de apenas alguns meses (até por que a paixão pode chegar até dois anos). Converse com os pais dele, irmãos, amigos da igreja, o pastor dele, o líder dele veja como ele/ela trata os familiares, ore, peça direção à Deus, coloque esta pessoa à prova.
“Ah, mas assim estarei invadindo a privacidade dele, além de não estar confiando no que ele me diz”.
Que privacidade nada! No namoro e noivado que é tempo pra isso!
Depois não adianta mais!
Você está escolhendo a pessoa que vai dividir a vida inteira com você, que será o pai ou a mãe dos seus filhos!
Benjamin Franklin disse: “Mantenha os olhos bem abertos antes de se casar, e meio fechados depois.”. A hora de conhecer é agora.
Autor: Edvanderson
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